Eu nunca soube te amar


Hoje eu quis usar esse meu tempo livre para falar de você. Não que eu já não use todo o tempo, incluindo o que deveria estar ocupado com outras coisas, tipo aqueles mil textos da faculdade que só se acumulam sobre a escrivaninha, para tal objetivo. Mas sei lá, hoje eu tomei um copo de café forte e lembrei de como você implicava com minha falta de açúcar. É, eu nunca soube adoçar direito o café. Eu nunca soube adoçar nosso amor.

Nunca soube ceder, nunca tive vontade de aprender aquele prato que é seu favorito, nunca me esforcei pra nada disso. Nunca soube dar um abraço confortante quando percebia que você precisava, nunca soube colocar aquela playlist chata, só com músicas acústicas,  mas que era sua preferida, quando você pedia, nunca soube entregar meu coração sem ficar com um pedaço dele nas minhas mãos também.  Eu nunca soube te amar.

Hoje eu olho para aquele lado do sofá sem você e só então percebo o vazio que você me faz. Assitir filme sob o cobertor nunca mais teve graça depois que você cruzou o portão pela última vez e com lágrimas nos olhos me disse que não dava mais. Me disse que não aguentava se fôssemos pra continuar assim, que passou todo esse tempo depositando confiança e amor em mim, mas que não sentia nem um pingo de reciprocidade. Foi quando você me disse que a gente precisava conversar e insistiu nisso, às quatro horas da manhã, e eu disse pra gente deixar pra depois. Foi assim que você se foi. Foi assim que eu te deixei ir.

Acho que uma das constatações mais sofríveis para o ser humano é quando nos damos conta de que demos amor de menos. Que amamos pouco quem nos dava muito, ou até mesmo quase tudo de si. Porque pouco amor, meu bem, eu aprendi tarde demais, não é amor nenhum. 

1 comentários:

  1. Que texto lindo, Amanda! Estou sem palavras. Bem profundo :(

    "Porque pouco amor, meu bem, eu aprendi tarde demais, não é amor nenhum." ♥ Beijos

    www.quetransborde.com.br

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Ei, obrigada! :)

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