Apaixone-se também: Minha vida sem mim


Se tem uma coisa que eu gosto nessa vida, é de chorar. Não que eu goste da tristeza ou do motivo pelo qual as lágrimas escorrem (a não ser que seja de felicidade, é claro). Mas a partir do momento que um filme, um livro, ou qualquer situação conseguem tirar uma gotinha de lágrima dos meus olhos, é porque me marcou de verdade. E não foi diferente com o filme "Minha vida sem mim".

De trama simples e já muito explorada no cinema, conhecemos a história de Ann. Uma mulher com seus 23 anos, que mora num trailer no quintal da mãe junto com o marido, Don, e as filhas Penny e Patsy. Ela trabalha como faxineira na universidade local e ele, antes desempregado, encontra emprego com um conhecido e começa a fazer piscinas. Tudo parece seguir no mesmo fluxo, quando Ann descobre tumores nos dois ovários, que já estão espalhados pelo corpo. É então que com o tempo de vida limitado em dois/três meses, ela escreve uma listinha de coisas para fazer antes de morrer.

"Amar alguém e não conseguir fazer essa pessoa feliz é como se você amasse essa pessoa mas não conseguisse amá-la como ela deseja."


Quando comecei a assistir ao filme, já imaginei todo aquele clichê dramático que vem quando nesse tipo de história. Mas descobri ali uma personagem extremamente forte, mesmo em meio a uma situação dessas. Mãe aos 17 anos, com o primeiro e único rapaz com quem teve relações sexuais, tornou-se mulher da noite pro dia. Ann, sabendo de seu laudo, respirou fundo e não contou a ninguém - nem mesmo para seus pais ou para o marido. Optou por levar toda essa situação sozinha, para não atrapalhar ou machucar ninguém (interessante notar, inclusive, como cada pessoa lida diferente com cada situação - depois, vi alguns comentários de pessoas que diziam ter sentido falta de uma crise ou desespero da personagem, imagianando que todo mundo agisse do mesmo modo). 

"Estou apaixonado por você. O mundo é um lugar menos terrível porque você existe. Sinto que quero ficar com você pelo resto da minha vida."

Uma das cenas que mais mexeu comigo, foi justamente quando ela se questiona do motivo de estar acontecendo isso com ela, mas sem nenhum melodrama. É incrível como o destino às vezes nos reserva coisas que nem a gente pode imaginar. Enquanto tudo pode estar perfeito num dia, no outro se transforma num pesadelo sem fim. Viver é andar com os olhos vendados, sem saber o que esperar no próximo passo. 

Durante várias vezes me vi com o coração apertadinho, sem sequer imaginar como eu agiria diante tal problema. Um filme simples, com personagens reais, que me fez refletir demais sobre a vida, sobre o quão importante é dizer o que a gente pensa e, principalmente, como é necessário demostrar nossos sentimentos. Afinal, amanhã pode ser tarde demais.


Fruto da minha mania constante de querer encontrar amor em qualquer lugarzinho, decidi criar uma coluna aqui no blog, intitulada "Apaixone-se também". A ideia é trazer coisas novas que vou descobrindo por aí para compartilhar com vocês, numa forma de dar visibilidade àquilo que não está tão em voga na mídia (mas já vamos deixar um parênteses dizendo que não tem data fixa pra coluna, até porque além de eu ser desorganizada, não dá pra prever quando irei conhecer algo legal, né)

p.s.: a cena das pessoas dançando no supermercado foi maravilhosa!

2 comentários:

  1. Uou, sabe que com filmes eu também gosto de chorar?! Mas tem os dias certos pra isso. Já anotei o nome do filme pra poder assistir depois \o/ Bêjo!

    www.itszabella.com

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    1. Ahh, nem fala! Sou muito dramática, aí quando junta aquela semaninha de tpm não dá em outra: gosto dos filmes mais trágidos pra colocar as lágrimas todas pra fora, hahaha uma loucura! Assiste sim, Isa! Certeza que você vai gostar ♥

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Ei, obrigada! :)

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