The end

E eu estou aqui assistindo outra comédia romântica e tentando encaixar nossa história na do herói e da mocinha. Aliás, dizer que tivemos uma história talvez seja muita ousadia. O que a gente teve não passou de umas noites de sexo barato após assistirmos os filmes que você queria ver. Não passou de festas regadas a alcoól e eu, como sempre, ignorando todas as garotas que vinham falar com você: "são só amigas", você insitia e eu fingia concordar.

Amores errados a gente encontra em qualquer esquina, bem me disseram uma vez. Fui infinitamente idiota de pensar que com você fosse ser diferente. Que você seria a única pessoa capaz de reunir todos os caquinhos que meu coração havia se tornado, mas bem o contrário disso, conseguiu parti-lo ainda mais.

Todas as conversas avulsas, os "estou com saudade" não correspondidos, as respostas dadas de má vontade. Já era de se esperar que terminaríamos assim. Mas meu coração, meu ingênuo coração inundado de esperanças, sempre acreditou que era só um dia. Que naquele dia você estava estressado, que era trabalho, a faculdade ou seus pais. Que na semana seguinte nós seríamos o estereotipado "casal perfeito" novamente - mas olha que coincidência: nós nunca fomos. Que no outro dia você estaria ao meu lado, sorrindo com os olhos, com a boca e o coração dizendo "eu juro que vou ficar aqui pra sempre".

Mas não ficou.
E nunca vai ficar.

Amores errados a gente encontra em qualquer esquina.

Os créditos rolam na tela, the end.