"Pessoas importantes não aparecem com muita frequência e precisamos mantê-las por perto quando aparecem."
Ariadne Mitchell (ou Ari, como prefere ser chamada) é uma garota de 16 anos que acaba de iniciar o segundo ano e, com isso, começa também a se preocupar com a faculdade. Seus pais, muito rigorosos com os estudos, uma vez que a irmã abandonou tudo depois de engravidar jovem, já tem um plano traçado para a menina. Mesmo que não seja o que ela quer.
O enredo de desenvolve em 1980, numa sociedade amedrontada pela AIDS. O livro explora a dificuldade dos relacionamentos na época: enquanto Summer, a melhor amiga de Ari, é vista com maus olhos e julgada por ter vários namorados, Ariadne até então não se relacionou com ninguém. Ainda temos a irmã da protagonista, Evelyn, que teve de se casar aos 18 anos após uma gravidez indesejada. Então Ari é uma garota cheia de pressões da família, por quem a mãe nutre muitas expectativas: só pode tirar notas boas para passar na melhor faculdade, não pode sair e muito menos namorar.
Antes estudante de uma escola pública, a família recebe uma boa herença de um tio falecido, e seus pais decidem por matricular Ari numa das melhores escolas particulares de Manhattan, o mesmo colégio em que Summer estuda. Mesmo muito nervosa com essa mudança, saber que sua amiga estará lá a tranquiliza. No entanto, Summer acaba tendo que faltar a primeira semana de aula e nesse momento Ariadne conhece Leigh, uma garota quieta, mas que assim como ela, adora desenhar.
A partir dessa nova amizade, Ari também vai se descobrindo. Conhece os dois primos de Leigh, Del e Blake, por quem nutre sentimentos confusos, suas notas começam a cair (e, com elas, as chances de passar no vestibular), a amizade com Summer enfraquece e vários problemas familiares surgem. É nesse contexto que ela descobre o quão mágico e o quão doloroso pode ser o primeiro amor.
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Comecei a leitura de "Outras palavras para o amor" durante a Maratona Literária 24hrs, mas só fui concluir alguns dias depois. Numa linguagem que flui bem e que consegue cativar o leitor, a trama peca ao se desenrolar tão vagarosamente. Por várias vezes lia 10 ou 20 páginas e me sentia cansada, como se tivesse lido mais de 100. Nada acontecia ali.
Com altas expectativas, acabei me decepcionando um pouco com o livro. A personagem, sempre cheia de problemas e mil e uma inseguranças, só me pareceu "mais do mesmo". Já passou da hora de criarem personagens fortes, que se bastam, e que não precisem depositar toda a sua felicidade num namoro. Sério, existem outras formas de ser feliz.
Achei a irmã de Ari muito temperamental, assim como sua mãe. Uma das atitudes delas me fizeram questionar: "wtf, é sério que eu tô lendo isso???" Desde que você não vá com sede ao pote, pode até ser uma leitura bacana. A vida de Ari é tão simples e sem graça como biscoito de água e sal, mas as últimas páginas revelam um final que vale a pena. Adoro quando os personagens, mesmo que em suas infinitas burradas, aprendem alguma lição.
Oi flor!
ResponderExcluirEu ainda não consegui ler esse livro, mas não sei se vou começar por enquanto. Estou muito desanimada com qualquer leitura no momento kkk
Bjks!
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