Enfim, a felicidade – resenha

Eduardo França, 343 páginas, editora Vida e Consciência, 2012.


“Independentemente do que se pense dele, se mocinho ou vilão, ágil ou moroso, o senhor Tempo é, na verdade, um bálsamo capaz de amenizar as dores ou mesmo, para os pessimistas que insistem em viver no passado, de acentuá-las.”

Beth, casada com Edson, e mãe de Gabriel e Alessandra leva uma vida consideravelmente normal, até que o destino se encarrega de colocar obstáculos em sua trajetória: Gabriel, carente de atenção dos pais que vivem para o trabalho, se revolta e começa a agir de maneira estranha, chegando até mesmo a roubar e ameaçar outras pessoas; Alessandra é constantemente atormentada pelo espírito de Rafael (seu ex-namorado) que estimula o distanciamento entre mãe e filha, por não gostar de Beth; e Edson esconde segredos profundos da família. 
Denis (irmão de Beth) se mete em confusão devido às apostas que faz na mesa de bar e sua filha, Milena, vive o primeiro amor. Em paralelo a isso, uma jovem empresária se evolve com modelo-jornalista de uma campanha e decide que ele será o pai de seu filho, mesmo que para isso sua própria vida seja colocada em risco. 

“O amor faz a gente pisar em espinho sem senti-lo, só que uma hora a dor vem.” 

Quando tirei “Enfim, a felicidade” da estante para ler, sequer imaginava a loucura que me esperava. Comecei a leitura sem grandes pretensões, mas em pouco tempo de leitura já me senti presa à narrativa cativante do autor. De uma maneira simples, mas construindo uma narrativa super criativa, a cada capítulo e nova descoberta eu abria a boca e me perguntava “como isso é possível???” - com muitas interrogações mesmo. 
Misturando a vida de vários personagens, vamos descobrindo um a um, devagarinho. E o mais legal de tudo são as conexões! Alguém é sempre parente, ou próximo do outro e me peguei várias vezes tentando deduzir essas ligações. Li o livro em praticamente uma semana, tamanha a vontade de saber como tudo aquilo acabaria. “Enfim, a felicidade” é nacional, e com uma proposta espírita muito interessante para leigos (assim como eu) e conhecedores, sabe misturar romance, suspense e lições de vida na dose certa. Uma leitura rápida e cativante, que certamente agradará inúmeros leitores! Recomendadíssimo. 

“No passado há lembranças e navalhas, e se refugiar nele é viver machucada. É hora de se libertar do passado, se tem interesse de viver.”

1 comentários:

  1. Oi Amanda, tudo bem?

    Esse livro me lembrou novela, pois se passam várias histórias ao mesmo tempo e acabamos descobrindo que fulano de tal é parente de sei la quem e por assim vai. Acho que, de inicio, acharia a leitura confusa, mas curti as suas impresões sobre ele e daria uma chance a obra, com certeza!

    Beijos,
    Caroline, do criticandoporai.com.br

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Ei, obrigada! :)

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