Ao primeiro amor


      

Sinto saudades da sua risada, do seu cheiro inconfundível e das borboletas no meu estômago que insistiam em aparecer quando eu te via, todas as manhãs. Sinto saudades das cartas que eu escrevia, mesmo sabendo que o destino delas não seria outro a não ser as gavetas. Sinto saudades de suas mãos pousando sobre as minhas como se não fosse proposital. Sinto saudades dos “bom dias”, dos “até amanhãs”, dos “como você está linda hoje”, das indicações de filmes ou músicas e da nossa trilha sonora. Sinto saudades de ficar nervosa todas as vezes que você mandava sms, ou me chamava no Facebook pra uma conversinha qualquer, arrancando-me inúmeros sorrisos idiotas.

Você sempre esteve presente: nos meus piores e melhores momentos. Às vezes mais distante, outras bem pertinho; mas sempre ali, do meu lado. Sempre foi meu porto-seguro, a primeira pessoa que eu pensava quando estava prestes a desistir. Você foi a primeira pessoa que me teve nas mãos, que recebeu meu amor por inteiro. Mas de repente tudo isso acabou, como se eu fosse a única exceção dos contos de fadas e não merecesse um final feliz. As honras do destino foram feitas e agora giramos em sentidos opostos, vivemos em planetas diferentes e dentro de um mesmo sistema: somos sensíveis e inconstantes, orgulhosos e caretas. Somos eu e você, mas não somos "nós".

Sempre me pego imaginando uma realidade paralela onde você talvez fosse meu príncipe encantado, meu eterno amor. Como não é, lembro dos nossos melhores momentos e ao som das mais belas músicas te uso como inspiração para textos bobos assim. Afinal, já diziam os sábios: "o que é bom, dura pouco". Obrigada por ter sido meu primeiro amor.

1 comentários:

  1. Que texto lindo e ai mesmo tempo triste Amanda. Mas não se preocupe não tudo na vida tem um motivo por pior que seja aceitar isso. Qualquer coisa estou aqui sempre, bjs.
    http://devaneioselivros.blogspot.com

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Ei, obrigada! :)

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