O sol se
escondia timidamente atrás das nuvens, enquanto os pássaros
anunciavam a chegada de mais uma quarta-feira nublada. O vento
balançou as cortinas liláses do quarto e ela se curvou um pouco
mais na cama, enfiando os pés debaixo do edredon. O despertador já
havia tocado e, querendo adiar as surpresas que o dia prometia,
permitiu-lhe os tão sonhados “cinco minutinhos”.
No mundo
dos sonhos podia ser quem quisesse. Podia, ali, criar asas, usar
poderes mágicos, conhecer países diferentes ou experimentar comidas
novas. Podia cantar e dançar sem medo de ser alvo de piadinhas. Ali,
e só ali, ela podia meter a cara nos livros sem se preocupar com o
tempo, sem se preocupar com compromissos. Podia fazer (e desfazer)
amizades e relacionamentos; podia amar e ser amada de volta.
Mas a
vida real não é tão simples assim. Não existem asas ou poderes
mágicos que nos permitam saborear apenas a parte adocicada do amor.
Não existe despreocupação onde os minutos são preciosos e raros.
Não existem relacionamentos que perduram sem se manter em
equilíbrio, onde só uma das metades se entrega verdadeiramente.
Não
existem, também, conquistas sem sofrimentos. Para encontrar o tão
almejado “pote de ouro” alguns obstáculos precisam ser
enfrentados e a dor é inevitável. É preciso quebrar barreiras e
andar sobre brasas para alcançar objetivos e realizar sonhos. E para
isso é preciso dar o primeiro passo e ter coragem: levantar de manhã
cedinho, tomar um suco de melancia, pentear os cabelos e estar pronta
para viver. Abre os olhos, menina. Encara a vida que o mundo é só
teu.
Ah Amanda, que perfeito, seu texto falou exatamente como são as coisas. No mundo dos sonhos podemos fazer o que quisermos, mas na vida real, pra poder realizar um sonho, temos que tomar uma iniciativa!
ResponderExcluirAdorei o texto!
Beijos... Samantha Culceag.
Só pra Menores