Breno Melo, 249
páginas, editora Schoba, 2013.
“Quem
supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou
jamais os enfrentou.”
Marina é
uma típica adolescente certinha: é muito religiosa (muitas vezes
faz comparações de si mesma com passagens bíblicas) e vive para os
estudos (seu maior obejtivo é passar na Universidade Católica, em
Jornalismo), até que começa a ter seus primeiros surtos. Presa a
uma família que pouco a entende e com um namorado que tem vergonha
de estar ao seu lado, Marina se isola cada vez mais do mundo,
procurando consolo nas suas novas amigas da faculdade, e em Péqui,
uma carinhosa amiga de infância. Passa-se algum tempo até que
Marina recebe o diagnóstico de síndrome do pânico e agorafobia
(medo de estar no meio de uma multidão) e conforme o livro se
desenrola, mergulhamos de cabeça nos sentimentos da garota.
“O
fato é que não nos contentamos em quebrar a cara uma única vez, e
procuramos novas oportunidades de cometer os mesmos erros. Somos
repetitivos em nossas ações, ainda que cada ação pareça nova
devido às variantes. Em essência, nossos atos se resumem a
meia-dúzia.”
Explorando
um mundo totalmente novo para mim, Breno Melo explica, em detalhes,
como um panicoso se sente e a narração em primeira pessoa nos
proporciona uma intimidade maior com a personagem. Por muitas das
vezes encontrei semelhanças entre nós: além dela ter um blog
literário, é uma menina muito ansiosa e romântica. Apesar do
enfoque na síndrome do pânico, Breno Melo nos presenteia com uma
verdadeira aula de História! Aprendemos muito sobre a guerra do
Paraguai (país onde a Marina mora) e sobre questões religiosas que
nos levam a muitos questionamentos. Li “A garota que tinha medo”
em dois dias, tamanha a curiosidade em saber o que aconteceria a
seguir e foi, de fato, um livro que me ensinou muito! Recomendo a
todo mundo que está disposto a algo diferente e que, além de se
divertir, também quer aprender com um livro!
“Quem
ama e quer algo, certamente ama em vão quando não alcança o que
almeja. Mas quem ama e não quer nada, nunca ama inutilmente. Há
tantos tipos de amor que seria ingenuidade pensar que aquele que
sentimos é o único.”
Ano
passado realizei um trabalho muito parecido com um TCC na escola. O
tema do meu grupo foi “A reintegração social de esquizofrênicos”
e foi incrível como, aprendendo mais sobre a doença, quebramos
muitos de nossos preconceitos! Mesmo com as diferenças entre
esquizofrenia e síndrome do pânico, ambas são doenças mentais que
carregam muito estigma (ainda existem pessoas que acreditam que é
tudo frescura).
Oi, )
ResponderExcluirGostei muito desse enredo, sei muito bom como é a síndrome do pânico, espero conseguir ler esse livro, pela sua resenha, ele tem nuances muito diversificadas.
Nossa que interessante esse livro, fiquei bem curiosa, até pq esse tipo de "medo" me causa uma certa curiosidade, acho que ajjuda a enteder pessoas que são assim!
ResponderExcluirOi lindinha!
ResponderExcluirNão gostei do outro livro do Breno Melo, justamente pois achei que ele abordou pouco o tema proposto. Espero que nesse livro não seja assim.
Bejinhos =*
Esse livro parece ser bom, nunca tinha ouvido falar dele..
ResponderExcluirAgora poderia me responder uma duvida: O autor e brasileiro?
Bjs
Deve ser bastante interessante mesmo Amanda o livro! A capa é fofa, muito legal quando lemos um livro rápido por que é bom e não por que é ruim. Beijos.
ResponderExcluirTony
http://dicassliterarias.blogspot.com.br/
Oi.
ResponderExcluirAdorei a sua resenha e fiquei interessada no livro, pois adoro esse assunto, muito legal mesmo.
Parabéns ;)
Beijos
Boa Páscoa
http://realityofbooks.blogspot.com.br/2014/04/resenha-o-vale-dos-mortos-rodrigo-de.html
Coomente ;)))
Adorei a resenha!
ResponderExcluirO livro parece chamar atenção para uma questão presente em nossos dias e que a gente geralmente não vê nos livros!
Muito bom o blog, já estou seguindo no face para não perder nada!
Beijos
Isadora
http://novoromance.com.br/
Olá, Amanda! Adorei a Resenha! Adorei, também, os quotes que selecionou. Gosto muito da forma como o Breno descreve os sentimentos e situações. Um grande abraço!
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