Entrevista com Escritor - Alexandre de Castro Gomes

Desta vez decidi inovar... Entrevistei Alexandre de Castro Gomes, um escritor de livros infantis!
Enfim, eu adorei nossa entrevista e espero ler muitos comentários, ok?! rs'
1.       
      Qual a sensação de escrever um livro para as crianças, que além de diverti-las, as ensinam?
É fantástica. O maior retorno que um escritor pode ter é saber que ele inventou algo que fez as pessoas, nesse caso crianças, usarem a imaginação. Quando alguém lê, ele vivencia o que acontece ali. Vibra e torce com o herói. E é justamente essa emoção, que o escritor quer ver no leitor.
Um texto infantil pode ser lúdico ou didático. A intenção pode ser de divertir, ensinar, ou divertir E ensinar. Eu não acho que exista regra para isso. Já escrevi textos de todos os tipos. O importante é a criança gostar da história.   

2.       Para escrever O Julgamento do Chocolate, você procurou saber o que as crianças mais consumiam?
Não achei necessário fazer pesquisa, pois tenho dois filhos em casa. Aliás, todos já fomos crianças, não é?   A ideia no texto era decidir se o Chocolate era “do bem” ou “do mal”. Portanto coloquei-o em um tribunal para ser julgado. E quem é seu algoz? Ora, as frutas e os vegetais!

3.       Viagem Espacial Interativa foi um livro muito criativo, pois a criança conta um pouco da história também, ao escolher para onde quer levar os personagens. De onde surgiu tal criatividade?
Quando meu filho era pequeno, ele tinha um joguinho de computador chamado Freddi Fish. O jogo era uma espécie de RPG, onde você comandava um peixinho por caminhos no fundo do mar. O caso é que, qualquer que fosse o caminho escolhido, o peixe terminava sempre no mesmo lugar. Então o que fiz foi tentar adaptar essa interatividade para o livro. Nesse caso, as crianças partem da Terra e visitam planetas, mas o final do livro é o retorno para casa. É um livro com várias histórias. E uma viagem não é necessariamente igual à outra.

4.       Em seu ‘perfil’, diz: “O nascimento de seus dois filhos o aproximou do universo infantil e o inspirou a escrever histórias (...)”, então podemos dizer que suas maiores inspirações para os livros, vieram de seus filhos?
Os filhos foram o incentivo que eu tive para resgatar algumas histórias que eu já tinha prontas e enviá-las para editoras. Eles eram pequenos e a mãe (a ilustradora Cris Alhadeff) e eu contávamos histórias antes de dormirem. Me lembro de uma sobre um carro muito velho que era esquecido na garagem. Bem, chegou o dia em que eu abri uma gaveta e reencontrei alguns textos infantis, que escrevi no final do século passado. Pensei: “Por que não tentar?”. E mandei para algumas editoras. A RHJ gostou e publicou meu primeiro livro.
Hoje as crianças continuam incentivando. Pedem textos. Inventam sinopses. “Pinguina vai ao Polo Norte”, livro que publicarei ainda esse ano pela Caki Books, foi sugestão de minha filha, quando ela tinha 5 anos.


5.       Além de livros infantis, tem algum de outro gênero?
Tenho textos, mas não livros. Já fui premiado em concursos de terror e minicontos. Estou escrevendo meu segundo romance juvenil, meu primeiro romance adulto e um almanaque.

6.       Em Condomínio dos Monstros, como conseguiu deixa-lo engraçado sem que as crianças ficassem com medo dos monstros?
Eu amo humor. Acho que o humor de bom gosto é uma das ferramentas que ajudam a prender a atenção do leitor à história. Quando a ideia do livro do Condomínio surgiu, pensei: Ora, o que aconteceria se juntássemos tantos bichos esquisitos em um só lugar? Confusão, é claro. E confusão pode ser engraçada. Daí começam a surgir os personagens. Um Saci peralta, uma Múmia resmungona, um Lobisomem pulguento...
Meus filhos adoram monstros. Minha filha coleciona bonecas de filhos de monstros. Eles tem bonequinhos de Kinder Ovo de monstros. Monstros do Scooby-doo. Monstros de Lego. Os monstros invadiram as lojas de brinquedos. Não há porque ter medo deles.
Eu tenho medo é de ladrão e de gente chata.

7.      Tem quantos livros publicados?
Até agora são 4 livros publicados, além de participações em antologias. Uma delas, “Trem de Histórias”, publicado pela Caki Books,  é especial, pois fui o organizador. São 37 autores de textos e imagens associados à AEILIJ (Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil), da qual faço parte. Meu quarto livro, “Festa do Calendário”, será lançado no dia 08 de junho, durante o 13º Salão FNLIJ do livro para crianças e jovens.

8.       E pretende publicar mais?
Claro! Muitos!

9.       Qual foi seu primeiro livro publicado?
Meu primeiro livro publicado foi “O Julgamento do Chocolate”, pela RHJ em 2008.

10   Obrigada pela entrevista e para finalizar, o que procura passar as crianças que leêm seus livros?
Fantasia. A fantasia ajuda a treinar a criatividade. Quando você lê sobre um castelo de areia, você imagina as torres, a entrada, o fosso com os crocodilos... Sua mente preenche os espaços vazios do texto. Sua criatividade é exercitada. Uma pessoa criativa consegue superar obstáculos com mais facilidade. Se a criança gostar do que leu, aquela história ficará em sua cabeça por muito tempo. Ela será contada para outras. Será desenhada inúmeras vezes, seja em papel ou na cabeça do leitor. Muito legal, não é?
Amanda, gostaria de aproveitar para aplaudir sua iniciativa de montar esse blog e de falar sobre cultura com outros jovens como você. Tenho certeza de que você irá longe. Meus parabéns por esse belíssimo trabalho! Um beijo.

4 comentários:

  1. Que massa, amei seu blog, já estou seguindo ah algum tempo! muito lindo beijos

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  2. òtima entrevista Amanda! Gostei de ver! Além de escritora é repórter de mão cheia!

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  3. ameei a entrevista e fiquei super curiosa pra ler os livros dele =D

    megaa bjo
    ;**

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Ei, obrigada! :)

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